BRAGA

BRAGA
BRAGA - Vista do Santuário de Bom Jesus do Monte

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cardápio, calçadas e motoristas de ônibus

E os costumes locais continuam a nos surpreender. É sempre possível encontrar mais uma novidade.

Por exemplo, por aqui os restaurantes não entregam cardápio (ou carta) e os garçons ou garçonetes ficam esperando que você saiba o que vai pedir. Com um leve ar de surpresa, eles se retiram para buscar o cardápio quando este é solicitado. Exceto, é claro, nas ocasiões em que respondem que este não existe.

Ainda não descobri se as pessoas frequentam sempre os mesmos restaurantes e bares dos bairros onde moram, ou se os pratos são os mesmos em todos os lugares, por isso não é necessário o menu.

Agora, lembrando aquele post sobre educação no trânsito, devo comentar aqui uma incrível descoberta. Em Portugal, parece ser mais seguro andar na rua (mais especificamente na faixa de pedestre) que nas calçadas. Não que as pessoas não mantenham o mesmo nível de educação, mas é simplesmente uma tarefa trabalhosa, e que requer certa experiência e habilidade, distinguir ruas de calçadas.

Acredito que se meu processo para tirar carta de motorista fosse feito aqui, baliza não seria um problema. Os veículos usam o passeio como local de manobra e isso não é garantia de um posicionamento perfeito. Os carros sobem na guia e ali permanecem. E isso é praticamente lei por aqui!

Isso quando não estacionam por inteiro na guia, e não apenas uma ou duas rodas... Em locais onde as calçadas são bem largas, nos bairros residenciais, muitos dos motoristas estacionam não na rua, mas no passeio, bem juntinho e em frente às suas próprias casas, deixando um trecho livre para os pedestres.

Sem contar as inúmeras vezes em que você está caminhando no que se imagina ser a calçada e, não mais que de repente, vem um veículo na sua direção. Definitivamente, saber o que é um local exclusivo para pedestres é uma arte que eu ainda não domino.

Ainda falando do trânsito, não sei quantos aos outros lugares, mas aqui em Braga os motoristas de ônibus gozam da popularidade de uma pequena celebridade. Passageiros entram no autocarro (ônibus) e apertam a mão do motorista, como se velhos amigos fossem. O ápice ocorreu no dia em que um não passageiro, enquanto o ônibus esperava dar o horário correto para sair do ponto (sim, aqui eles têm um horário de chegada e saída de cada ponto), entrou, cumprimentou, bateu um papo com o motorista e se retirou.

Acredito que isso aconteça pelo fato de Braga ser uma cidade relativamente pequena e, tendo os ônibus horários (e motoristas?) fixos, os passageiros devem encontrar sempre as mesmas pessoas.

Mantendo o assunto dos ônibus, em alguns locais é possível pegá-los, embora não haja nenhuma sinalização de que ali se encontra um ponto (ou paragem). Por outro lado, nem todas as paragens pelas quais passa um autocarro são de fato paragens. Na Praça da República, umas das principais da cidade, há duas paradas a apenas 10 metros de distância uma da outra.

Qual não foi minha surpresa quando, ao sinalizar que iria descer em um determinado ponto, o motorista seguiu direto para o próximo? Alguns ônibus não param em alguns dos pontos por onde passam, o que é considerado normal. Depende da linha em que você está, de qual é o ônibus.

A única explicação que me parece plausível para a distância minúscula entre os pontos é a de que isso facilitaria a vida do passageiro, impedindo uma fila de ônibus no mesmo local. Como aqui os ônibus têm horário marcado para chegar e sair de cada parada, se dois deles estiverem marcados para o mesmo horário, eles não precisariam ocupar o mesmo ponto. Porém, o único efeito que isso surtiu em mim foi a confusão!

Bem, esse é o meu relato de hoje. Percebam que o trânsito parece ser um assunto inesgotável!

Para mais informações, continuem por aqui.

Um comentário:

  1. Em primeiro lugar que surpresa nos encontrarmos no twitter! Acho que não te vejo desde 2006 Renata! Tô feliz! Estive na França mês passado e digo: a surpresa com relação as ruas e ônibus foram as mesmas. Eu andava 'lindamente' pelo o que eu achava ser a calçada e meu noivo vinha correndo me protegendo e pedindo encarecidamente que eu fosse pra calçada! Era muito engraçado, na verdade parece que tem umas indicações no chão, mas eu não entendi bem...

    Quanto aos ônibus, MEU DEUS que maravilha! Tudo novinho, limpo, prático, com horários absurdamente exato! Um luxo... hhaahah. É uma maravilha conhecer outros lugares, pena que no meu caso foi só um mês.

    ResponderExcluir

Conte-nos: