BRAGA
sábado, 27 de agosto de 2011
E como foi que eu cheguei aqui, literalmente?
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Smart, semáforo e pão quente
Bem, dando sequência aos posts de ontem e mantendo a linha das pequenas curiosidades, hoje vamos falar sobre algumas coisinhas que notamos por aqui.
Hoje fomos ao Braga Parque, um dos shoppings da cidade e ao qual podemos chegar à pé. Nossa missão era comprar um telemóvel, ou telefone celular, como preferirem. Apesar de voltarmos de mãos vazias (achamos por bem discutir as opções em família antes de tomar a decisão final), não foi uma viagem perdida.
No caminho, viemos discutindo e notamos algumas coisas que agora relataremos a vocês.
Em primeiro lugar, eu percebi uma certa ausência de motos. Se em Braga houvesse aquele serviço de entrega que muitas vezes contratamos nas grandes capitais, os profissionais da área não se chamariam motoboys, mas smartboys. Posso estar enganada, mas parece que as motos da cidade de Braga foram substituídas por carros do tipo Smart.
Ok, exagerei. Não são tantos assim... Mas de fato a quantidade desses diminutos carrinhos é impressionante! Conhecem aquela brincadeira do Fusca? Grite “Fusca!” sempre que vir um (azul)? Pois bem, aqui seria com Smarts.
Mas enfim, já me prolonguei bastante nesse assunto. Outro fato estranho é o número de faróis (semáforos, sinaleiras, e que mais desejarem) nesta cidade. São tão raros quanto as motos.
Posso dizer que hoje, pela primeira vez, avistei alguns. No caminho para o Braga Parque passamos por uma grande avenida, a João Paulo II. Foi o primeiro e único lugar em que vi semáforos. Novamente, posso estar enganada. Mas essa foi a minha primeira impressão.
Então vocês me perguntam: “e como ficam os pedestres nesta situação”? E eu respondo: temos preferência. E esta preferência é realmente levada a sério! Não é que você precise pisar na faixa de pedestre, não não... Basta estar na calçada e inclinar levemente o corpo na direção de uma faixa e pronto. Os carros param. É como mágica! *-*
Dá vontade de fazer isso o dia inteiro, só para ouvir o barulho das freadas. Mas é claro que ainda não cheguei a esse ponto.
Por fim, uma última curiosidade: o tal do pão quente. Não se passa por uma única padaria/pastelaria que não anuncie o bendito do pão quente! O que é o pão quente? Seria, simplesmente... pão? Quente?
E se for, a dúvida permanece: será mesmo necessário que uma padaria anuncie vender pão quente? Será, quem sabe, um costume as padarias venderem seus pães... frios?
Ainda descobriremos! Esse é o grande mistério que nos envolve, mas ele será desvendado. Manter-vos-emos informados. Aguardem.
Meu oi
"E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais..." (Vinícius de Moraes)
"Pois então, chegou a hora de escolher um curso superior”. Ok, essa seria a minha frase de alguns anos atrás, mas eu só queria mesmo situar todos vocês. Bom, continuando, eu tinha que escolher um curso. O problema é que eu sou bem daquelas que sentem uma vontade incontrolável de fazer TUDO na vida e que, ou acaba fazendo tudo sem muito foco e aproveitamento pouco, ou acaba sendo obrigada a escolher e se sente frustrada por tudo que ficou de lado.
Na verdade, sou um pouco de cada. Certas vezes escolho, outras tento de tudo, às vezes mais do que posso. No caso da faculdade tive que escolher uma só. Quando criança, queria ser cientista. Na época estudava-se ciências, que era, na verdade, biologia. O sonho meio que acabou quando percebi que teria que estudar química e física também. Não que eu fosse completamente incapaz, mas teria que ter amor demais, e eu não tinha.
Então pensei em outros cursos. Direito tinha todo aquele charme, um dos cursos mais antigos e tradicionais, conhecer as ideias dos maiores revolucionários, tomar as decisões mais importantes, determinar o curso da história. Fazer jornalismo seria conhecer e formar opiniões, acompanhar e contribuir para novas formações políticas e culturais. Turismo ou hotelaria seria a chance de conhecer o mundo, novas culturas, trajes e comidas, além de todas aquelas pessoas diferentes e suas línguas.
Em suma, não foi uma decisão muito fácil.
Como muitos de vocês devem saber, escolhi a primeira das minhas opções levadas a sério: Direito. Mas claro, não pude deixar de pensar nas demais. A curiosidade pela ciência, posso saciar nas conversas caseiras com a irmã bióloga (ou aspirante a). Já jornalismo e turismo, encontrei um jeito divertido de “exercê-los”. Esta intercambista de primeira viagem resolveu, depois de muito ponderar, criar este blog (sempre na companhia da inseparável Ra =D).
Como descreve nosso primeiro post, ele servirá para contar nossas experiências neste um ano de intercâmbio em Portugal, com suas aventuras e desventuras, viagens e o que mais nos esperar.
E é claro, estão todos convidados a compartilhar conosco essa jornada!
E como foi que eu cheguei aqui?
Mas falar é uma coisa que eu faço bem. Sou daquelas pra sentar e tricotar por umas boas horas. A prática já envolve todo um outro ponto de vista do assunto, um bom planejamento e né, a ação. Eu nunca fui de agir, de ir lá e fazer e falar 'pô, meti a cara e fiz e deu certo, que sucesso.' Por que agir envolve tomar decisões, e eu sou nula nessa área, e envolve a possibilidade de dar errado. E eu não gosto de estar errada.
Então como que eu vim parar em Portugal, né? Empurrada. Ou puxada pela mão, como queiram.
Que fique claro que isso não quer dizer à contra-gosto. Quer dizer que eu deixei todas as decisões difíceis nas mãos dos outros, principalmente da linda da minha irmã. Ela que fez a maior parte da ação nesse processo todo, desde ir atrás do meu ranking e histórico sujo pra eu poder participar do processo seletivo até decidir que albergue a gente iria ficar no 1º mês até as aulas começarem. Ajudou a prevenir a auto-sabotagem, essa companheira perversa. (E não é que eu não tenha tentado me boicotar, acreditem, eu tentei. Não conscientemente, embora eu soubesse bem o que eu não estava fazendo. Até o último segundo minhas malas não estavam prontas, meus documentos não estavam prontos, eu não estava pronta.)
Ajuda a tirar a culpa também. Se não desse certo, não era eu a errada, eu nem tava mexendo com isso.
Mas deu certo, e cá estamos. E agora a gente tem uma vida inteira pela frente e ela tá acontecendo bem aqui, na minha frente. Num quarto novo, numa cidade nova. Um novo país do velho continente.
Por enquanto as decisões mais difíceis foram a cor do tapete e o desenho do prato, então eu to tranquila. Ajuda bastante o fato de eu estar com a minha irmã e a gente ter chocolate e uma garrafa de Baileys - boas aquisições do free shop é nossa especialidade.
E esse foi o meu primeiro passo à procura daquela sensação que das poucas vezes que eu senti, a maioria foi ou lendo um livro ou com um fone no ouvido e a cabeça na estratosfera, imaginando um futuro onde eu teria visto o mundo, seria completa e estaria genuinamente feliz.
Como já dizia alguém do passado, o futuro é a gente quem faz.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Com sorte.
Braga, Portugal.
24 de Agosto de 2011.
22:24
Um ano: este é o período de tempo que vamos ficar fazendo um intercâmbio do lado de cá do Atlântico.
É tempo suficiente pra fazer novos grandes amigos, sentir saudades dos bons e velhos, viver situações completamente inimagináveis e, com sorte, sair sempre uma pessoa diferente de cada uma delas.
É tempo suficiente para descobrir coisas da vida e aprender a viver.
E nesse um ano, com sorte, vamos viver várias dessas situações que vão adicionar experiências e transformar quem somos.
O blog tem o claro objetivo de compartilhar essas grandes experiências, que podem vir disfarçadas de pequenos acontecimentos, com toda e qualquer pessoa disposta a ler sobre elas, ao mesmo tempo que contaremos sobre coisas bonitas que vemos por aqui.
Um blog onde todo assunto é válido, desde fachadas de casas de família onde os azulejos formam uma Nossa Senhora Aparecida até a quantidade de tempo que ficamos lixando um adaptador de tomada pra poder carregar o notebook (aproximadamente 30min).
Fica o convite para todos e, com sorte, nos veremos em um ano. No meio tempo, ora pois!, nos vemos por aqui.
Beijos, Ra e Re.